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[23-04-01] Manifestação Casa Para Viver – Direito à Habitação @ Coreto da Av. Central

Manifestação Casa Para Viver - Direito à Habitação

Coreto da Av. Central - Braga (Saturday, 1 April 14:00)
Manifestação Casa Para Viver - Direito à Habitação

Um conjunto de 21 colectivos e organizações do distrito de Braga estão a convocar uma manifestação pelo Direito à Habitação para o dia 1 de Abril, às 15h, com concentração junto ao Coreto da Avenida Central, em Braga, seguida de marcha pelo centro histórico.

Estamos integrados no movimento europeu Housing Action Days 2023, uma semana de acções e manifestações por toda a Europa pelo direito à habitação, coordenados pela European Action Coalition for the Right to Housing and the City, e no movimento nacional Casa Para Viver, que se junta a convocar esta manifestação já confirmada em seis cidades portuguesas.

Num contexto nacional em que há perto de 730 mil casas vazias (80 por cada pessoa sem-abrigo), a maior parte sem estar nem no mercado de venda nem de arrendamento, em que há 2 milhões de pessoas em situação de pobreza, a habitação continua a ser olhada mais como um negócio do que como um direito humano.

Convocamos a manifestação:
- pelo direito à habitação - que todas as pessoas tenham casa para viver digna e a preços adequados, que cessem os despejos sem alternativa digna e adequada, bem como a criminalização de quem lhes resiste, que aumente a habitação pública de qualidade, que se imponham limites à especulação no mercado imobiliário.
- pelo direito à cidade - que todas as pessoas tenham acesso aos centros urbanos, sem privatização de espaços públicos, que haja uma melhoria substancial dos transportes públicos, tanto nas cidades como entre as cidades do distrito de Braga, que melhore o ordenamento do território de acordo com as necessidades da população e do meio ambiente, que aumente acesso à cultura e a espaços verdes e sociais de qualidade.
- pelo fim da exploração e do aumento do custo de vida - que o Estado fixe os preços dos bens e serviços essenciais, que se ponha fim à precariedade laboral e às baixas pensões e que se interrompa a degradação do Serviço Nacional de Saúde.

Temos em particular atenção a situação das populações migrantes, negras e da comunidade cigana, jovens que não têm como sair da casa dos pais, estudantes que têm de abandonar os estudos porque não conseguem pagar quarto, pensionistas com baixos rendimentos que se vêem forçados a abandonar casas e bairros onde viveram a vida inteira, mulheres com rendimentos baixos, mais vulneráveis a situações de violência por falta de alternativa de habitação, pessoas que sofrem discriminação no mercado de arrendamento pelos mais variados motivos, seja pela identidade de género, pela orientação sexual, por fazerem trabalho sexual, por usarem substâncias psicoativas ou pela sua condição física ou mental.

Com os melhores cumprimentos,
As organizações promotoras:

Braga Fora do Armário
CEFUM - Coletivo de Estudantes Feministas da Universidade do Minho
CIVITAS Braga
Coletivo Dôia Sequeira
Greve Climática Estudantil - Braga
Greve Climática Estudantil - Guimarães
Guimarães LGBTQIA+
Headbangers Antifascistas
Insubmissas
Movimento Virgínia Moura
Núcleo Antifascista de Barcelos
Núcleo Antifascista de Braga
Núcleo Antifascista de Guimarães
Porta A Porta Braga
Rebelião Climática
Rede 8 de Março - Braga
Rede 8 de Março - Guimarães
The Revolution Will Not Happen On Your Screen
UMAR Braga
União Libertária - Núcleo de Braga
XR Guimarães

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[23-04-01] Manifestação: CASAS PARA VIVER @ Praça da Batalha

Manifestação: CASAS PARA VIVER

Praça da Batalha - Praça da Batalha, Porto (Saturday, 1 April 14:00)
Manifestação: CASAS PARA VIVER

Manifestação CASAS PARA VIVER Dia 1 de abril saímos à rua!    São tempos difíceis e de sufoco para a maioria das pessoas que vive em Portugal. O aumento drástico do custo de vida agrava a crise permanente em que vivemos. As rendas em Portugal aumentaram 40% nos últimos cinco anos. Os preços das casas subiram 19% desde o ano passado. Os salários não acompanham este aumento absurdo e as casas públicas representam apenas 2% do total! Não temos onde viver condignamente, venderam as nossas cidades à especulação imobiliária. À custa da nossa miséria as empresas de sectores essenciais, apoiadas pelo Estado, especulam os preços e aumentam os seus lucros.  ​ O problema da habitação não é novo. As políticas que o têm perpetuado e agudizado assentam na ideia de que o mercado funciona quando é pouco intervencionado. São anos e anos de desinvestimento público orientado por governos e instituições económicas, apoiados ao nível dos decisores europeus, que tratam a habitação como um negócio e não como um direito básico. Os programas e políticas desenhadas só têm feito aumentar os preços e diminuir a oferta, concentrando a propriedade e o rendimento nuns poucos. A habitação é, neste período, um dos maiores activos financeiros do mundo, muito pouco lembrado e garantido na sua função essencial: morar. Dia 1 de abril saímos à rua para demonstrar quão insuportável é sobreviver!    As rendas aumentam e não são compatíveis com os nossos salários e pensões. Os contratos são cada vez mais curtos, entre rendas, cauções e fiadores, que pagamos a muito custo por casas em cada vez piores condições. Não temos mais como pagar as prestações ao banco, não vemos fim para as dívidas. Somos despejados porque há quem consiga pagar mais ou porque abrir um alojamento local dá mais lucro. Os vizinhos vão-se embora um a um cada vez para mais longe da sua rede de apoio. Pessoas idosas que têm de abandonar os lugares onde sempre viveram. Todos os dias somos obrigados a viajar maiores distâncias para chegar à escola e ao trabalho porque fomos expulsos das nossas cidades. As ilhas do Porto passam a ser um cenário para turista ao mesmo tempo que ainda há pessoas sem casa de banho. A habitação pública é insuficiente, as listas de espera são cada vez mais longas, e os critérios para aceder são cada vez mais apertados. Não existe investimento público para dar uma resposta digna aos mais vulneráveis. Todos os dias pessoas são discriminadas no acesso ao mercado de arrendamento, seja pela sua identidade de género, orientação sexual, pela sua origem, etnia ou situação profissional. Temos no país 723 mil alojamentos vazios e cada vez mais pessoas em situação de sem abrigo, cada vez mais pessoas a terem de se sujeitar a dupla ou tripla jornada de trabalho para pagar a renda, ou a ter de voltar com os filhos para as casas sobrelotadas dos pais. Pessoas que têm de se sujeitar a situações de violência porque não têm alternativa, jovens que têm de abandonar os estudos porque não há alojamento estudantil, pessoas com filhos que sem alternativa ocuparam casas e vivem sob o medo constante de despejo. As políticas estão direcionadas para garantir mais lucro, através dos vistos gold, dos benefícios fiscais a não residentes ou a nómadas digitais, e nós temos de escolher entre pagar a renda ou os medicamentos, entre aquecer a casa ou pôr comida na mesa. Não temos rendimentos para fazer face ao frio ou aos estragos provocados pela chuva. Tudo isto faz com que fiquemos doentes, física e psicologicamente, por não termos direito ao mais elementar: uma casa digna. Por isso, moradores, unidos, vamos lutar!    Saímos à rua para reivindicar: o Direito à Habitação, o Direito à Cidade e o fim da exploração através do custo de vida!   No âmbito do Dia Europeu pela Habitação, são convocadas pela European Action Coalition pelo direito à habitação e à cidade (EAC), acções e mobilizações de base em todas as cidades da Europa. A Habitação Hoje em conjunto com outras associações que também lutam por habitação digna e pelo direito à cidade, convoca uma manifestação nacional com expressão nas cidades do Porto e Lisboa. Organiza também na tua cidade! ​   Junta-te a todos os teus vizinhos na Manifestação! Dia 1 de Abril às 15h na Praça da Batalha, no Porto. Em Lisboa às 15h na Alameda.

JUNTA-TE À LUTA!

https://www.habitacaohoje.org/c%C3%B3pia-casas-para-viver